terça-feira, 29 de março de 2011

Liniers em Brasília

Quadrinhista argentino vem ao Brasil para uma marcar o lançamento da versão brasileira da revista Fierro, pela editora Zarabatana Books
Nesta quarta-feira, 30 de março, o quadrinhista argentino Ricardo Liniers, autor do célebre “Macanudo”, estará na Livraria Cultura do CasaPark Shopping Center (Brasília, DF) para uma tarde de autógrafos e confraternização  com seus leitores.
Liniers também estará presente para o lançamento da revista Fierro Brasil nº1. Para quem não saber a revista Fierro é um marco da produção de histórias em quadrinhos na Argentina e teve uma primeira versão, publicada entre 1984 e 1992, e uma segunda agora, a partir de 2006, que mensalmente chega aos “quioscos” do país encartada no jornal Página/12.
A edição brasileira da Fierro, que será publicada pela editora Zarabatana Books, irá apresentar aos leitores brasileiros esse time excepcional de autores argentinos:
• Desenhistas e roteiristas consagrados, que estavam presentes na primeira versão da Fierro e que continuam a colaborar na nova fase: Horacio Altuna, Juan Giménez, Max Cachimba, Carlos Trillo, El Tomi, Crist, Carlos Nine, Copi, Alberto Breccia e outros.
• Os artistas atuais, também consagrados ou em início de carreira, mas com um trabalho à altura dos grandes mestres: Liniers, Maitena, Lucas Varela, Salvador Sanz, Ignacio Minaverry, Gustavo Sala, Tute, Kioskerman, Lucas Nine e muitos mais.
• Além dos autores argentinos, a Fierro Brasil trará também autores brasileiros, alguns consagrados e outros estreantes na publicação, mas com um trabalho de qualidade excepcional e já com diversos livros editados:  Santiago, Fabio Zimbres, Adão Iturrusgarai, Eloar Guazzelli, Gustavo Duarte e Danilo Beyruth.
Outros livros do autor também são publicados no Brasil pela Zarabatana Books, são eles:
BONJOUR - Entre setembro de 1999 e junho de 2002, Liniers publicou a cada semana sua tira Bonjour no suplemento No do jornal argentino Página/12. Nesses trabalhos, anteriores a Macanudo, nota-se sua vocação para a experimentação em busca de um humor pessoal onde convivem múltiplos rgistros, que vão desde a ternura mais pura até um humor negro doentio e corrosivo (às vezes dentro e uma mesma tira). Vários dos personagens que logo exportaria para sua tira Macanudo dão seus rimeiros passos nessas páginas. Pequenos passos. Passos de pinguim.
MACANUDO – Humor, crítica de costumes, nonsense, poesia. Cada tirinha da história em quadrinhos do argentino Liniers continua a tradição dos grandes desenhistas de humor argentinos, como Quino e Maitena.
Em Macanudo desfila uma imensa galeria de personagens insólitos e divertidos: a menina Enriqueta, com seu gato Fellini e o ursinho de pelúcia Madariaga; Z-25 – o robô sensível; o senhor que traduz os nomes dos filmes; a Vaca Cinéfila; Oliverio, a Azeitona; o Misterioso Homem de Preto; As Verdadeiras Aventuras de Liniers (onde o autor desenha a si próprio com orelhas de coelho, e que se tornou sua marca registrada); duendes, ovelhas e pinguins; e tudo o mais que brotar da imaginação do autor.
Antologia de Historietas da Revista Argentina Fierro e de Quadrinhos Brasileiros
Diversos Autores – Zarabatana Books
Cor e P&B
21 x 28 cm
160 páginas
R$ 59,00

Tarde de autógrafos com Liniers

Quarta-feira, 30 de março, 13h às 15h
Editora: Zarabatana
Unidade: CasaPark Shopping Center
Endereço: SGCV
Local: Mezanino
Classificação Indicativa: Livre
ENTRADA FRANCA
Fonte: impulsohq

Mais sobre o artista
Liniers ou Ricardo Liniers Siri (nascido em Buenos Aires em 15 de novembro de 1973) é um quadrinista argentino. 

Ávido leitor, muito novo conheceu a obra de Hergé, Goscinny e Uderzo, Quino, Héctor Germán Oesterheld, Francisco Solano Lópes, Charles Schulz e Herriman.

Estudou publicidade, mas não se dedicou a ela.

Começou a desenhar para fanzines, e logo passou a desenhar para meios de comunicação profissionais, como Lugares, ¡Suélteme!, Hecho en Buenos Aires, Calles, Zona de Obras,Consecuencias, ¡Qué Suerte!, Olho Mágico, 9-11 Artists Respond, Comix 2000 e outras obras.

A partir de 1999, passou a publicar semanalmente no suplemento NO! do jornal Página/12. Em junho de 2002, após ter sido apresentado pela quadrinista Maitena, Liniers passou a publicar Macanudo na última página do jornal La Nación.

Em 2001 publicou, com Santiago Rial Ungaro, o livro Warhol para Principiantes.

Realizou duas mostras como artista plástico: "Macanudo", em Ludi (2001), e "Mono en Bicicleta", em La Bibliotheque (2003). Se sabe que vendeu alguns quadros.

Fonte: Wikipédia

Até mais!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Abaporu de volta ao Brasil

'Abaporu', de Tarsila do Amaral, é destaque em exposição

Comprada por um argentino, tela volta ao Brasil a pedido da presidente Dilma

23 de março de 2011 | 9h 36

Quando o quadro "Abaporu", da artista Tarsila do Amaral (1886- 1973), foi comprado, em 1995, por US$ 1,43 milhão em leilão em Nova York pelo empresário argentino Eduardo Costantini, houve polêmica e comoção no Brasil sobre a perda de uma das obras referenciais do modernismo brasileiro. Pintada em 1928, na fase antropofágica da produção de Tarsila - a tela inspirou ainda o "Manifesto Antropófago" publicado naquele ano por Oswald de Andrade e Raul Bopp na Revista de Antropofagia -, a obra volta agora ao Brasil, para ser o destaque da exposição "Mulheres, Artistas e Brasileiras", a ser inaugurada hoje no Palácio do Planalto, em Brasília.
"Abaporu", título inspirado na língua tupi e que quer dizer "homem que come gente", representa uma figura humana com pé e braço agigantados, tornando-se um símbolo da fase da artista. No mesmo período, ela criou a tela "Antropofagia" (1929), esta, pertencente à Coleção José e Paulina Nemirovsky (em São Paulo), e "Urutu" (1928), de Gilberto Chateaubriand, cedido em comodato ao MAM do Rio. O "Abaporu" fica em exposição permanente no Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires (Malba), inaugurado em Buenos Aires em 2001 e que apresenta o acervo do empresário.
Desde sua compra por Costantini, em 1995, a tela foi exibida no Brasil em 1998, em mostra com obras da coleção do argentino no Museu de Arte Moderna de São Paulo; em 2002, na exposição "Da Antropofagia a Brasília", na Faap; e em 2008, parte de "Tarsila Viajante", na Pinacoteca do Estado.
A mostra "Mulheres, Artistas e Brasileiras", realizada pela Faap a pedido da presidente Dilma Rousseff para celebrar o Dia Internacional da Mulher, reúne cerca de 80 obras de 49 criadoras e ficará em cartaz até 5 de maio. 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 
Tela esteve no Brasil pela última vez em 2008 
(Reprodução)

Até mais!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Neoclássico

Entrando no séc.XIX por volta de 1700
hoje vamos conhecer o período Neoclássico!

David "Madame Récamier"



Segundo Edgar Poe o neoclassicismo foi "A gloria que foi a Grécia e a grandeza que foi Roma".

A pintura neoclássica volta ao estilo clássico do séc XVIII, da Grécia e Roma. Um dos motivos para essa retomada foram as pesquisas na área de arqueologia que se aprofundaram muito. 

As escavações trouxeram com tudo o interesse pelo mundo greco-romano, porém agora, com todo o conhecimento de pintura e escultura já adquirido durante os anos.


David "A mulher Sabina para a luta entre os Romanos e as Sabinas"



O neoclassicismo foi uma reação contra todo o exagero e extravagância do barroco e rococó

Os artistas neoclássicos se baseavam na figura humana de proporções clássicas, as cores eram, o contrário do estilo barroco, frias e o contraste de claro/escuro era "bem calculado", a perspectiva era exata tornando a obra rigorosamente rígida.

Ingres "Apoteose de Homero"



Para entender melhor...

Valores: Ordem, solenidade

Tom: Calmo, racional

Temas: História grega e romana, mitologia

Técnica: Enfatiza o desenho com linhas, não cor;
não há vestígios de pinceladas

Papel da arte: Levantar a moral, inspirar

Fundador: David



QUEM ERA QUEM

David: Era o bambambam do neoclássico, foi o fundador do estilo. Em uma viagem a Roma, quando viu a arte clássica pela primeira vez, teve uma revelação e disse sentir como se "tivesse sido operado de catarata"! A partir daí jurou se dedicar ao estilo grego puro.

"O Juramento de Horácios"



"A Coroação de Napoçeão I e Imperatriz Josefina"



Ingres: Foi o mais fino desenhista do neoclassicismo. Aos 11 anos frequentava a escola de artes e aos 17 fazia parte do ateliê de David. 

A pele de suas figuras parece ter sido polida, com uma fina camada de tinta e leves pinceladas imperceptíveis. Ingres caprichava nos tecidos, onde podemos perceber a diferença clara entre seda e cetim, por exemplo.

"A grande odalisca"



"Retrato da princesa de Broglie"



Detalhe de "Retrato da princesa de Broglie"



Goya: Francisco De Goya foi um pintor sem rótulos, tinha um estilo próprio que não se encaixava em nenhum outro, era uma mistura de todos. 

Foi um rebelde a vida toda, trabalhou para a monarquia espanhola retratando a família real de maneira irônica sem que percebessem.


"A Família de Carlos IV da Espanha"



"O Três de Maio de 1808"



CURIOSIDADES!

A obra-prima de David, "Morte de Marat", tem uma história curiosa e muito simbolismo.
Marat foi médico, filósofo, cientista, jornalista, e político Jacobino. 

Revolucionário radical a favor da república, era amigo íntimo de David que também fez muitos quadros de propaganda em prol da república e inclusive votou a favor da guilhotina para o rei Luís XVI.





Para fugir da polícia antes da Revolução Francesa, Marat se escondeu nos esgotos de Paris e lá contraiu psoríase (uma doença inflamatória de pele), por esse motivo tinha que trabalhar imerso em um banho medicinal, usando um caixote como sua escrivaninha.

Marat estava em sua banheira em 13 de julho de 1793, quando uma jovem mulher, Charlotte Corday, dizendo ser uma mensageira aliada, pediu para ser admitida em suas dependências.

Ao entrar, Corday puxou uma faca e esfaqueou-o no peito. Marat gritou "À moi, ma chère amie!" (Ajude-me, cara amiga) e morreu. Corday era uma contra-revolucionária Girondina. Ela foi guilhotinada em 17 de Julho de 1793 por homicídio. 

Durante seus quatro dias de julgamento, testemunhou que havia realizado o assassinato sozinha, dizendo "Eu matei um homem para salvar 100.000."

Assim que ficou sabendo da morte do amigo, David correu para a cena do crime para registrá-la. Na pintura de David, Marat é retratado como o próprio Cristo injustiçado, com o corpo inerte e o braço caído, assim como na famosa estátua "Pietá" de Michelangelo.


"Morte de Marat"



Pietá



Mudando de assunto...

Pintar uma mulher nua na inquisição espanhola era uma atitude rara. Mas Goya não se intimidou, pintou "La maja despida" e também "La maja vestida" que era colocada sobre a primeira tela para escondê-la. A modelo era Pilar Teresa Cayetana, a duquesa de Alba, amante do pintor. Os dois quadros pertenciam à sua coleção.

A fama de Goya ser um pintor rápido nasceu justamente desse caso envolvendo a duquesa. Seu marido teria sido informado que o pintor teria feito um retrato da duquesa sem roupas, e anunciou que iria até o estúdio para defender sua honra. Quando chegou lá no dia seguinte encontrou o retrato da mulher toda cobertinha. Goya teria pintado o segundo quadro durante a noite. 

  



  
Próximo post de História da Arte...Romantismo estará no ar!

vintage love, vintage love pictures


Até mais!

Fonte: Guia dos curiosos, Marcelo Duarte; Arte Comentada, Carol  Strickland; Wikipédia.
Imagens: Reprodução