quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Arte Moderna


Século XX Arte Moderna!
 
Picasso "Guernica"
 
"A beleza tem que ser convulsiva para deixar de sê-lo" disse o surrealista André Breton.
 
No século XX, a arte era agressivamente convulsiva, e os estilos se misturavam. Os artistas modernos desafiavam as convenções, e havia uma busca incansável pela liberdade radical de expressão. Essa filosofia de rejeição ao passado é o Modernismo.
 
 
Braque "O violino"
 
Diante dessa bagunça de estilos, apenas um tema era constante: a arte se concentrava menos na realidade visual externa e mais na visão interna. Ou seja, os artistas expressavam o que sentiam e não o que viam, como disse Picasso, "não é o que você vê, mas o que você sabe que está lá".
 
Ao contrário dos artistas do passado que dependiam da aprovação de um mecenas (indivíduo rico que patrocina e protege a literatura, a ciência e as artes), agora os artistas tinham espaço para explorar a imaginação. As preocupações e as experiências próprias eram a fonte de inspiração
 
Derain "Big Ben"
 
Além de decretar que qualquer tema era aceito, a arte moderna também libertou a forma das regras tradicionais (no Cubismo), e livrou as cores da obrigação de imitar a realidade (no Fovismo). A arte se afastava cada vez mais da representação real da natureza, e seguia para a abstração, agora a arte eram formas, linhas e cores.

 
Kandinsky "Composition VII"
 
Na primeira metade do século XX quem reinou foi Paris, o Cubismo, Fovismo e Surrealismo nasceram lá. Depois o trono se mudou para os Estados Unidos, de onde veio Pollock, com seus quadros polêmicos.
 
Pollock "Lavender Mist: Nº 1"
 
 
QUEM ERA QUEM
 
Picasso: É considerado o rei da arte moderna. Durante meio século ele liderou as inovações artísticas, junto com Braque inventou o Cubismo, a maior revolução na arte do século XX. "Os quadros são páginas do meu diário" disse ele, o que se confirma em suas obras de diferentes fases auto biográficas:
 
Fase Azul: Estilo inicial de Picasso, quando ainda era pobre e desconhecido. Os quadros em tons de azul, são melancólicos pois retratam as dificuldades passadas pelo artista na época, em que tinha que fazer fogueira com seus próprios desenhos para se aquecer.
 
"O velho guitarrista cego"
 
Fase Rosa: Em Paris e apaixonado por Fernande Oliver, Picasso agora reflete sua emoção e felicidade nas cores suaves e em temas de circo que tornam suas obras românticas e sentimentais.
 
"Rapaz com cachimbo"
 
Fase Negra: Picasso descobriu as máscaras africanas fortes e expressivas e passou a incorporá-las em suas obras.  
 
"Les demoiselles d'Avignon"
 
Matisse: "Você fala a língua das cores" disse Renoir já bem velhinho a Matisse. Henri Matisse acreditava que a cor não nos foi dada para imitar a natureza, mas para expressar nossas próprias emoções. Foi um dos mais influentes artistas modernos, usava cores fortes e formas simplificadas.
 
"Dança"
 
 
"A lista verde (Madame Matisse)"
 
Klee: Seus quadros bem-humorados, parecidos com desenhos de criança iam além do realismo, eram obras inconsientes. "A cor me pegou!" disse Paul Klee quando foi a África do Sul. E foi com essa parceira que Klee se expressou durante toda sua carreira.
 
"Tunisian Gardens"
 
Kandisky: O pintor russo Wassily Kandisky foi o primeiro a abandonar toda a referência a realidade em suas obras. Tido como o inventor da arte abstrata, seus quadros eram basicamente forma e cor em composições e improvisos que resultavam em telas sem estruturas formadas, apenas pinturas espontâneas.
 
"Composição VIII"
 
Dalí: "Paranóia crítica" foi como o próprio Sr. Surrealista, Salvador Dalí chamou sua técnica. Com uma pintura muito realista e detalhada, ele montava efeitos surreais com objetos distorcidos em cenas de alucinação. Os quadros de Dalí são como retratos de sonhos, onde nada é coerente nem concreto, onde tudo é absurdo.
 
"A persistência da memória"
 
"Crianças geopolíticas assistindo ao nascimento do novo homem"
 
CURIOSIDADES!
 
Como já deu para perceber por sua arte, Salvador Dalí era uma pessoa no mínimo atormentada...
 
Colecionava fobias estranhas: Tinha pavor de incetosatravessar ruas, trens, barcos e aviões, de pegar metrô, e até de comprar sapatos, pois não suportava mostrar os pés!

Do nada o artista era tomado por risos histéricos e incontroláveis, e sempre levava com ele um pedaço de madeira para espantar os maus espíritos.
 
A única diferença entre os loucos e eu, dizia Dalí, é que eu não sou louco.
 
 
...
 
Pablo Picasso, sem dúvidas foi um grande artista, mas não é apenas em sua arte que notamos sua grandeza, ela pode ser notada também em seu nome...
 
Nascido na Espanha, o pobrezinho recebeu o nome completo de Pablo Diego José Francisco de Paula Juan Nepomuceno María de los Remedios Cipriano de la Santíssima Trinidad Ruiz Picasso, filho de María Picasso y López e José Ruiz Blasco, um pintor medíocre.
 
 
Existem muitas lendas a respeito de seu nascimento. Segundo uma delas, Picasso nasceu morto e a parteira dedicou a sua atenção à mãe acamada. Só o médico, Don Salvador, o salvou de uma morte por asfixia soprando-lhe fumo de um charuto na face. O fumo fez com que Picasso começasse a chorar.
 
O seu nascimento no dia 25 de outubro de 1881, às onze e um quarto da noite, seria assim descrito por Picasso aos seus biógrafos, que a publicavam de boa vontade.
 
"Meninas a ler"
 
Picasso aprendeu a pintar antes mesmo de aprender a falar, suas primeiras palavras, aos dois anos, foram "lápis, lápis"!

Pablo já na adolescência dominava o desenho com precisão fotográfica.
 
Em 1946, ao visitar uma exposição de arte infantil,  disse, "quando tinha a idade dos expositores, desenhava como Rafael, mas levei muitos anos para aprender a desenhar como criança".
 
Auto-retrato
 
O seu 90ª aniversário,  foi comemorado com uma exposição de suas obras na grande galeria do Museu do Louvre, como uma forma de homenageá-lo. Tornou-se assim o primeiro artista vivo a expor os seus trabalhos no famoso museu francês.
 
Pablo Picasso morreu a 8 de abril de 1973 em Mougins, França com 91 anos de idade.
 
 
 
O roubo no Brasil...
No dia 20 de dezembro de 2007, por volta das 5h00 da manhã, três homens invadiram o Museu de Arte de São Paulo (MASP), levando dois quadros considerados dos mais importantes do acervo: "O lavrador de café" de Cândido Portinari e "Retrato de Suzanne Bloch" (fase azul) de Pablo Picasso .
 
 O tempo para o roubo das duas obras de artes durou três minutos. Os quadros foi recuperados no dia 8 de janeiro de 2008 em Ferraz de Vasconcelos, Região Metropolitana de São Paulo, intactos. Dois homens foram presos.
 
"Retrato de Suzanne"
 
 
 
No próximo post de História da Arte...continuaremos o passeio pela arte Moderna, só que agora pelo Brasil! Vamos conhecer melhor os artistas que movimentaram a Semana de Arte Moderna de São Paulo.
 
 
 

Fonte: Guia dos curiosos, Marcelo Duarte; Arte Comentada, Carol  Strickland; Wikipédia.
Imagens: Reprodução

Até Mais!
 

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